sábado, 14 de abril de 2012

Nebulosidades...

Nebulosidades...

A farsa se completa a cada ausência
Do tanto que fizera em mero ocaso,
E quando na verdade em vão me aprazo,
A sorte se faz triste coincidência,

E tendo do não ser esta ciência
O mundo se traduza em tal descaso
Que tanto se mostrara como acaso
Gerando a mais sombria penitência.

Não mais que alguma luz se possa ver
Depois do quanto quis resplandecer
Cedendo ao meu insano caminhar,

Nas tétricas vontades que me trazes,
Os dias entre enganos contumazes
Impedem qualquer sol de inda brilhar...

Marcos Loures

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