Sozinho solto a voz em correntezas
Diversas mesmo quando sei que nada
Traçasse o que pudera noutra estada
E a vida se traduz em incertezas,
Os olhos no horizonte, rudes presas,
Da senda noutro espaço desenhada,
Depois do que tentei a farsa armada,
As cartas espalhadas sobre as mesas.
Não quero e nem pudera ser além
Do tanto que de fato me contém,
Um cálice quebrado sem mais vinho,
E tento mesmo assim, mas sei que inútil.
O caminhar sem eira morre fútil
E apenas do final eu me avizinho...
Marcos Loures
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