sexta-feira, 13 de abril de 2012

Fim De Jogo

Fim De Jogo


Meu tempo se esgotara e não soubera
Vencer a tempestade que outonal
Expressa este caminho desigual
E marca a solidão, rude quimera,

E quando sem sentido desespera
Uma alma enfrenta o mesmo vendaval
E sei do meu cantar em tom fatal
Grassando o que de fato degenera.

No infarto farto sonho que desaba,
A vida noutra face já se acaba
Não cabe mais sequer uma desculpa,

E o término deveras se aproxima,
A gélida expressão domina o clima
Ainda que ilusão de fato esculpa...

Marcos Loures

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