Lembrando da pureza, doce encanto,
Das tardes do passado, das novenas,
Jardins de minha casa, as açucenas,
Do amor que imaginara em triste canto.
A noite tão vazia, em negro manto
Trazendo uma tristeza em duras penas.
Quem dera se eu tivesse horas amenas;
Mas nada a mim chegava, só meu pranto...
Chegaste mansamente em beijos mudos,
Nas mãos a maciez: sedas, veludos,
E aos pouco me tomaste por inteiro.
Meus sonhos, suavemente já completas
Palavras que me dizes, prediletas,
O amor que fora sonho é verdadeiro!
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