quinta-feira, 19 de abril de 2012

MANSAMENTE

MANSAMENTE

Nessas sombras dos verdes arvoredos
Deitada mansamente no meu colo,
Expondo seus mistérios e segredos,
Voando com meus sonhos, sai do solo.

Comigo, decolando deste chão,
Nas asas deste que nos comporta
Estendo o nosso sol numa emoção
Abrindo, do infinito a velha porta...

E vamos passeando pelos ares,
Conforme nossos olhos já pediam.
Colhendo as maravilhas dos amares
Em mares que jamais nos deixariam

Viver sem poder ter essa brandura
Da sombra tão macia da ternura...

MARCOS LOURES

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