Não sei do que não tive e pouco importa
Se as vísceras espalho pela rua.
Nas ânsias mais banais, fechando a porta
Deixando para trás audácia e lua.
O gozo do será já não comporta
Imagem de mulher sublime e nua.
Um romantismo estúpido se aborta
Enquanto a nau sem rumo inda flutua.
De um verme que caminha em podres sendas.
Barganhas não mais faço, arranco as vendas
E exponho esta nudez em armadura.
Do quanto não retive destas prendas
Morrendo em poucas rimas, velhas lendas
Amanhecendo morta uma alma dura.
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