Não temo o que restou de teu veneno
Que teima em me beijar e dar prazer.
Se longe dos teus medos inda aceno
Queimando em teu desejo quero ter.
Se tu és todo o senso dos amores
Que cores e clichês não quero mais.
No palco desta vida dois atores
Buscando a fantasia, sem ter paz.
E vibro em nossas mansas ojerizas
Rasgando logo o verbo em nossa teia.
Se tenho o que não tens e não precisas
Depois a nossa cama se incendeia...
E somos dos venenos que tragamos,
Iguais em quase tudo, nos amamos!
Nenhum comentário:
Postar um comentário