Nas espirais, cigarros me consomem,
Pela fumaça, vejo teu semblante,
Fui um dia, talvez, tão inconstante,
Mas as minhas lembranças, fogem, somem...
Pois quisera poder ser um outro homem,
Ser tão menino sendo então gigante
Ser teu par, teu parceiro, teu amante,
Mas todas as lembranças, matam, comem
O que me restaria, contrafeito
Do que pudesse vida me restar,
tragando o meu cigarro, jogo feito.
Tento caber no brilho do luar,
Tento fugir, burlando esse direito,
Vou tentando obrigar-te enfim a amar
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