domingo, 1 de abril de 2012

O rosto do poder se mostra estúpido

Este mente, aquele mente
outro mente... tudo igual.
O sítio da minha embala
aonde fica afinal?
A terra que é nossa cheira
e pelo cheiro se sente.
A minha boca não fala
a língua da minha gente.
ALEXANDRE DÁSKALOS POETA ANGOLANO


O rosto do poder se mostra estúpido
E bebe cada gota da esperança.
No olhar de um povo simples, sempre cúpido,
A fome se promete a cada dança.
Abutres não disfarçam sua fome,
Rasgando a carne frágil do campônio,
Aos poucos devorada, se consome
Entregue ao paraíso de um demônio.
Na mão já não carregam mais chicotes
Disfarçam-se em amigos, protetores,
Na fome tal matilha de coiotes
Espalham a miséria sem pudores.
Depois já reunidos no Congresso,
Brindando, tão amigos, - sangue-expresso...

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