Quero o sabor da manhã,
Vicejando nos teus olhos,
na maciez desta lã
Os espinhos e os abrolhos.
Vagueando vida vã,
Que tão louca vai, engole-os
dos meus sonhos, cortesã
arrebentando os ferrolhos
do corpo e mente senis,
Nos meus desejos tão vis,
No que pudera ser tão
Nem tampouco são servis,
O que nunca fora chão,
Sempre cora, coração...
Nenhum comentário:
Postar um comentário