Se traço meu poema sem seus traços
Em falsas falas fomos tão medonhos.
Os sonhos que anteponho nos espaços,
São gastos, nem tão castos ou risonhos.
São versos inauditos e sem rumo,
Ditados pelo gozo e por prazer.
Se quero te beber, tomar teu sumo,
A vida me obrigou a obedecer.
Feliz de quem se quis e conseguiu,
Se quis o teu amor, maior é Deus.
Se fiz de tentativas, mais de mil,
Não vejo outro sinal, senão: adeus.
Mas sinto que esta noite serás minha,
Eu quero, ao te encontrar, perder a linha...
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