Uma esperança atenta me domina,
Revigorando a lei duma amizade,
Que cedo, me conforta, sendo sina,
E cessa, num segundo, a tempestade.
A fé que sempre tive no futuro,
Todas essas agruras que carrego.
O canto que tramaram, tão impuro,
É nele que me negam, que me cego.
Navego por estrelas de esperança,
Esquivo-me da dor cantando loas
Ao sonho de viver numa aliança
Que me trague notícias sempre boas...
Fugindo desta luta, má, cruel,
Tua amizade leva-me pr’o céu!
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