domingo, 1 de abril de 2012

A vida...

A vida...

A vida se desenha de tal forma
Que o quanto poderia se perdendo
Expressa na verdade o mesmo horrendo
Caminho que esperança não transforma,

E quando a solidão ditando a norma
Noutro cenário sigo percebendo
Uma alegria vaga, um ledo adendo,
No final a cada passo se deforma,

E sendo a minha vida sem sentido
Sentindo o que devesse, mas olvido,
Deslizo pelas noites, solitário,

Vestindo uma ilusão que não me basta
A face da emoção atroz e gasta,
Transforma todo o velho itinerário...

Loures

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