quinta-feira, 3 de maio de 2012

delírio

Não quero mais reter este delírio
Que teima em transformar todo o meu pranto
Em serenata louca. Meu martírio:
Querer receber ecos do meu canto!

Quisera a mansidão de um alvo lírio,
A sedução gentil sem desencanto.
Podendo te enxergar, cura e colírio,
Me salvando e trazendo o teu encanto.

Não sei como viver na tua ausência,
Não quero ser enfim, o fim da história;
Pedindo, quero muito uma clemência

Da vida. Foste canto, inda és glória.
Não quero que me invada uma demência.
Não quero uma saudade na memória...

marcos loures

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