quarta-feira, 2 de maio de 2012

Sem Saída.

Sem Saída.


Já não mais restaria algum sinal
Do ser que rastejara inutilmente,
O parto sonegado, a vida mente,
O tempo desenhando o mesmo mal,

E o prazo em derrocada, o desigual,
Cenário que traduza o mais demente
Momento que de fato se apresente
Negando o quanto fora mais banal,

Esgueiro-me por entre estes subsolos,
Procuro sem proveito antigos colos
E bebo da aguardente dita vida,

Sabendo do que resta, um quase extinto
Delírio pelo qual deveras minto
Do labirinto esqueço uma saída.

Marcos Loures

Nenhum comentário: