Sem Saída.
Já não mais restaria algum sinal
Do ser que rastejara inutilmente,
O parto sonegado, a vida mente,
O tempo desenhando o mesmo mal,
E o prazo em derrocada, o desigual,
Cenário que traduza o mais demente
Momento que de fato se apresente
Negando o quanto fora mais banal,
Esgueiro-me por entre estes subsolos,
Procuro sem proveito antigos colos
E bebo da aguardente dita vida,
Sabendo do que resta, um quase extinto
Delírio pelo qual deveras minto
Do labirinto esqueço uma saída.
Marcos Loures
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