sábado, 4 de agosto de 2012

DE MÁRMORE TALHADA

DE MÁRMORE TALHADA


De mármore coluna trabalhada.
Na sala e no teu quarto, o vento espalha...
A manhã ao chegar traz, orvalhada,
O gosto desse dia de batalha,

No gesto que me mostra a caminhada,
No corte e nesse fio da navalha...
Vou amar-te e no fim não terei nada,
A não ser essa mágoa que me orvalha...

Rocio se anuncia em novo dia.
Nas areias o mar, ondas, se espraia.
Quem me dera viver da fantasia.

Da morena, ventando salta a saia,
O remendo pior que a sacristia.
Nosso amor invadindo toda a praia...

MARCOS LOURES

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