DEITADA SOB AS ESTRELAS
Deitada sob estrelas a nudez
Que tanto procurava e não sabia
Mal noite terminava concebia
O canto que de tanto amor se fez.
(Deitada sob a relva estremecendo)
Prazeres nas angústias e ternuras.
A boca sequiosa, a carne viva.
Tão mansa delicada e tão passiva,
As tramas dos desejos, mais escuras
Ao ver a mansidão quase que morta
De quem sofrera tanto por amor,
Te beijo com carinho, calma flor
Que vaga pelo espaço, mar aporta.
Não temo ter saudades mas te adoro,
E sinto que partindo me matou,
A sombra do que fui, o que restou,
Dessa mortalha em festa, me decoro...
MARCOS LOURES
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