sábado, 4 de agosto de 2012

DOCE MELODIA

DOCE MELODIA

Na doce melodia, os madrigais
Restando nos ouvidos de quem ama,
A sorte se desenha e sem tal drama
Expressa dias rudes, ou banais;

Estendo o meu olhar e neste cais
A velha solidão tanto reclama
De quem já não pudesse em rude chama
Saber o contornar dos vendavais.

Na farsa desmontada noutro instante
A vida sem sentido não garante
Sequer o que se quer e não veria,

Neste enlutado vértice temível
O sonho não pudera ser audível
Tampouco noutro tom esta harmonia.

MARCOS LOURES

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