quinta-feira, 2 de agosto de 2012

ESGARÇANDO-SE

ESGARÇANDO-SE

Nefastas, minhas noites se esgarçando
Medonhas fantasias. Podridão.
A morte se declara e desde então
O tempo entre meus dedos escoando...

O Amor, um cruel vândalo tomando
O que restou da estúpida ilusão,
Naufraga a minha torpe embarcação
Sem regras, sem o leme e sem comando.

Os corvos sobre mares de heliantos
Crocitam no horizonte e já são tantos
Que nublam mesmo em pleno meio dia

O céu que tolamente azulejei,
Grisalha realidade toma a grei
E entorna a tempestade em agonia...

MARCOS LOURES

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