DEUS ANTROPOMORFO
Não creio neste Deus antropomorfo
Que vendes nos altares, nos botecos,
Sentimental e vingativo. Eu formo
Imagem bem distinta destes ecos.
Um Deus que se faz éter, clorofórmio
E cansa com tamanhos repetecos.
Apenas criador, não me deformo
Por mágicas insanas doutros becos.
Não creio nesta imagem malfadada
Do cordeiro que, quieto, se degola.
E tanta falsidade em si, encerra.
Amiga, na verdade, a derrocada
Se faz quando se enforca pela gola,
Por isso, o bom cordeiro? O que mais berra!
MARCOS LOURES
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