segunda-feira, 13 de agosto de 2012

NEGANDO OS AGASALHOS

NEGANDO OS AGASALHOS

Qual árvore que perde tantos galhos,
Sem folhas num inverno rigoroso,
A vida me negando os agasalhos
Esquece de trazer amor e gozo.
Meus atos e palavras são tão falhos,
E nada me fará mais orgulhoso

Dos dias que passei em meu verão,
À sombra das palmeiras, solitário.
Agora é que percebo o quanto então
Amar era decerto necessário.
A vida sem sentido ou emoção
Espera pelo som de um campanário...

Mas resta no meu peito uma lembrança
Bem vaga de que tive uma esperança...


MARCOS LOURES

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