QUASE
CEGO
Abrindo
o coração a quem pudesse
Trazer
outra expressão senão a mesma
Que
tanto se endereça e se ensimesma
Vagando
pelo quanto amor houvesse
Nem
mesmo se tentasse o que presume
A luta
discernida e mais raivosa,
O tempo
a se saber nada antegoza
Nem
mesmo uma esperança chegue ao cume,
Cabendo
em minhas mãos a prece o pranto,
Um prato
se quebrando sem valia,
O tanto
que se mostra e não teria
No encanto
desfiado em tal quebranto,
Navego
pela morte que carrego,
Embora
siga mesmo quase cego...
MARCOS
LOURES
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