QUEM SABE, UM DIA..
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Fazer deste soneto um manifesto
Na luta tão inglória por justiça,
Se ao sonho muitas vezes eu me presto,
Não tenho sequer forças nesta liça.
Mas vale registrar o meu protesto,
Minha alma não será; decerto omissa,
Um risco de esperança; ainda atesto,
A flor que ontem plantei agora viça...
E assim caminha a insana multidão,
Repete os mesmos erros do passado.
Pensando tão somente no seu pão,
Jamais verá o bem multiplicado,
Pois se Ele já nos trouxe esta lição,
O mundo permanece assim: calado...
MARCOS LOURES
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