SACRIFÍCIO
Não quero o sacrifício de quem amo,
Tampouco tais mentiras da paixão.
O pouco que inda faço, sonho e tramo,
O rio invade o mar, inundação.
Se teimo no arvoredo em cada ramo
Eu vejo o meu fantasma rente ao chão,
Sendo o que não seria, ainda clamo
Talvez por qualquer motivo ou solução.
Só sei que nestas sendas, vendas trago,
Desejo pelo menos que o afago
Não seja simples farsa, velho engodo.
De tudo que se diz amor demais,
Não ouço mais a voz dos vendavais,
E compro esta metade pelo todo...
MARCOS LOURES
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