VIDA AFORA
Errando
tantas vezes vida afora,
Negando
cada passo noutro impasse,
E quando
no final a luta trace,
O verso
por si só já me devora,
O barco
no vazio não se ancora,
O medo
se transforma e demonstrasse
Da sorte
a desmedida e morta face,
Ainda
quando a fúria desarvora,
Em alamedas
fiz o precipício,
O tempo
noutro enredo, ledo vício,
Início
dos heréticos cenários,
Que
trago dentro da alma embrutecida,
E nisto
o quanto deva a vida olvida,
Ouvindo
os cantos rudes, temerários...
MARCOS
LOURES
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