segunda-feira, 13 de outubro de 2014

A NEVE DENTRO EM MIM

A NEVE DENTRO EM MIM

A neve dentro em mim já não se extingue
E quando se percebe mais atroz,
O quanto ainda existe dentro em nós
Da sorte desairosa não se vingue,

O mundo se mostrando sempre assim, 
Quimérica loucura e se noctâmbulo
Caminho se mostrasse este funâmbulo
Tentando um equilíbrio chega ao fim,

A corda se rompendo, a queda é certa, 
A morte não se impede – imenso abismo, 
E quando solitário ainda cismo, 
Porquanto a fantasia me deserta,

Sem ter a proteção de qualquer tela, 
O fim em tez terrível se revela...

MARCOS LOURES

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