Andasse entre montanhas, rios, vales,
E tantas flores belas no caminho,
E enquanto do final eu me avizinho
Só peço que deveras nada fales,
E se puderes sonhos inda embales
Por mais que eu te pareça, então, sozinho,
Um trêmulo fantoche vão; me aninho
Nas ânsias de um desejo em que regales
Uma alma transtornada e tão pequena,
Apenas tua voz já me serena
E basta como um manso lenitivo,
Embalde envelhecido em podres formas,
Sonhando com o encanto em que tu formas
Um mundo aonde em paz, eu sobrevivo...
MARCOS LOURES
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