Quem sabe se esmagando esta serpente
Eu poderei; talvez, saber da luz,
Pesando em minhas costas, farta cruz
Aonde se mostrara então ausente
O brilho que nos olhos já se sente
De quem em luminárias reproduz
O encanto deste canto em versos crus
Na audácia mais feliz e transparente.
Aonde houvesse um modo de tentar
Poder em plena tarde ver luar
E deslumbrar a prata que derrama
Tomando toda a cena, mansidão
Enquanto o fogaréu desta paixão,
Aumenta – insensatez- a enorme chama...
MARCOS LOURES
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