AMORTALHADO
Em irrisórios dias noites vãs
Sensíveis ilusões dor insensata
E o tanto que deveras me maltrata
Impede o renascer de outras manhãs,
As horas entre tantas, seus afãs,
O corte quando o fim se desbarata
O vento noutro tanto me arrebata
E mata o que pudesse: horas malsãs,
Amarguradamente o quanto trago
Explode no caminho sem afago
E quando além divago bebo o fim,
A sorte mais ingrata e dolorosa,
A senda tantas vezes caprichosa
O mundo amortalhado dentro em mim...
Loures
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