Velhice
Apenas o que resta, esta velhice
Que a cada novo dia mais consome
A luta se mostrando enquanto some
O mundo que esperança um dia disse,
Do quanto se presume e o tempo tome,
A morte noutro tom apenas visse
O fim do quanto possa esta mesmice
Na sede de viver, na imensa fome,
O manto destroçado, o fim de tudo,
E quando no final enfim me iludo,
Restauro os dias tantos que pudera,
Vencido caminheiro sem destino,
Aos poucos sem domínio me alucino
Alimentando assim a rude fera...
Loures
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