A velha fresta
A morte não traria o quanto espero
Do todo que desfio a cada verso
E nisso se deveras desconverso
O mundo se desenha mais austero,
O prazo se mostrasse onde sincero
Caminho resumisse o quanto imerso
No peso de uma vida em tom disperso
Vagasse entre o desejo e o que não quero,
Apenas outrossim vejo o momento
Aonde o que pudera desalento
E tento desenhar o que me resta,
A imagem mais sutil do que haveria
Eclode dentro da alma em ironia
E traz do coração a mesma fresta...
Loures
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