Destroços
Destroços do que fomos pela casa
Amenas ilusões rondando o resto
Do quanto pude outrora ser funesto
Enquanto a sorte toma e nos arrasa.
Meu mundo sem sentido, fúria e brasa,
O tanto que insistira em erro e gesto,
A cada novo passo o mesmo atesto
Grassando o quanto possa e se defasa,
O velho caminheiro sem futuro
A sorte desenhada sobre o muro
O pulo sem valia e sem sentido,
Meu manto já puído pela vida,
A sorte em morte feita e consumida
Enquanto o sonho vejo destruído...
Loures
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