Outra esperança?
Não mais esperaria outra esperança
Que fosse me trazer felicidade
Na sorte que deveras se degrade
A luta com terror sempre me alcança
A vida noutra senda sendo mansa,
O verso maltrapilho, a realidade.
E o canto que pudesse na verdade,
Tratando o quanto resta em confiança,
Vencido lutador do que se espera
Apenas esgotada a primavera,
Não tento acreditar no que não veio,
Olhando para trás nada restasse
Somente a minha podre e velha face
Marcada a cada corte em vão receio...
Loures
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