A voz
Ouvisse a voz que tanto procurava
De quem se fez aquém do quanto quis
O tempo deixa na alma a cicatriz
Rondando a minha sorte, imensa lava,
O quanto se presume e ora se entrava
Deixando o meu cenário ora infeliz
Gravando pouco a pouco o que desdiz
E nisto novo sonho emoldurava,
A vida sem sequer tal serventia,
O todo se mostrara e não teria
A sorte que se fez nossa o bastante
E a morte na tocaia a cada salto,
O pulo se desdenha e mesmo incauto,
Encontro o quanto em nada se garante.
Loures
Nenhum comentário:
Postar um comentário