Em carne viva
Na noite que deixaste em carne viva,
Meu peito procurando a liberdade
Vagando pelas teias da cidade,
A fonte mais atroz mais agressiva,
O medo se transforma enquanto priva
O sonho que decerto em dor invade,
Negando toda a imensa claridade,
Palavra que já fosse conclusiva.
Estou tão solitário, o vento frio.
Pousando aonde o tempo desafio,
A morte me rondando a cada instante,
E a vida deveras não afaga
Meu caminho distante, em rude plaga,
Apenas o final já se garante...
LOURES
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