Diverso
O quanto se fizesse por prazer
Não possa ser diverso do que trago
Nas mãos de quem desenha cada afago
E nisto mal pudera conhecer,
O vago caminhar e o padecer
Marcando a sensação e se me alago
Bebendo noutro engodo o velho estrago
O todo desenhando o podre ser.
Somente esta verdade se emergisse
Vestígios do que possa em tal mesmice
O mérito não traz qualquer anseio,
E o prazo em derrocada determina
O quanto modifica a velha sina,
E o tempo mais disperso, devaneio...
Loures
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