Noite escusa
Porquanto se fizera em noite escusa
Versando sobre o quanto pude um dia
O passo transformando o que viria
E a luta noutro tom sempre confusa,
A vida na verdade ora inconclusa
O medo do que surja tomaria
A face mais sutil mesmo vadia
Que possa transformar o quanto abusa.
A morte sorte e sina de quem tenta
Vencer com mansidão qualquer tormenta
Espreita num irônico momento,
E vendo o que me resta deste nada
A sorte tantas vezes desejada
Encontra este terror e me atormento.
Loures
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