O QUANTO VEJO
Não mais do quanto a vida nos trouxera
Pousando mansamente aonde eu vejo
A velha solidão, risco e desejo
Que possa nos trazer a sorte austera,
Ocasionando a queda o que se espera
Encontra o meu sentido onde um lampejo
Dizendo a cada instante deste ensejo
Vagando onde a verdade fora mera,
Arguta noite envolta nos entalhes
Reparo no que possa se retalhes
Eclode em mil pedaços, sem mais nada,
A luta se desenha onde desdenha
A vida se mostrando em rara ordenha
Deixando para sempre a velha estrada...
LOURES
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