segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Coubera saber do tanto que rege
A vida em prazer ou mesmo cruel
O tanto a se ver traduz carrossel
E o peso que trago, sozinho se elege,

O marco escancara meu passo de herege
Navego sem rumo penetro este céu
O amor que sonhara; procuro fiel.
Ainda se a vida deveras lateje.

Não pude por certo talvez nem quisesse
Gerando meu passo na farsa em tal messe
Visando o que um dia jamais pude ter

A porta trancada, meu risco afinal,
A luta sangrenta, meu canto final
E nisto se vendo total desprazer.

14/2

Numa sorte diversa da que tive
Procurara um momento mais suave
A verdade no tanto que se entrave
Esperando o que nunca mais contive,

Meu amor quando muito sobrevive
E reduz cada passo nesta grave
Ilusão que permita que se cave
Outro tempo que apenas de amor prive.

Resoluta verdade se desfia
E no fundo o que possa em alegria
Não transcende ao que tanto merecesse

Se não fosse o caminho e já sem esse
Sedutor delirar de quem amasse
Geraria afinal somente impasse.

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