UM VELHO SOLITÁRIO
Um velho solitário em noite escusa
No quanto procurasse algum descanso
E quando no final o nada alcanço
A vida se tornando mais obtusa,
O passo que deveras se entrecruza
O verso quando o tempo dita o manso
Caminho sem sentido e mesmo tranço
Os pés, a vida audaz tomando abusa,
Não restam mais momentos de alegria
A morte se aproxima e me traria
Os restos mais nefastos que carrego
Numa alma sem sentido e sem proveito,
Embora nos espinhos, quando deito,
Embalde me procuro, ausente ou cego...
LOURES
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