MORRER DE AMOR
Galo cantando, manhã,
O sol vem devagar, manso,
Meu amor sem amanhã,
Maremoto no remanso...
Tanto tempo queria teu amor,
Brincando com as ondas do meu mar.
À tarde, se entregando com furor,
E, comigo, aprendendo o que é amar...
Vieste com o gosto deste sal,
Vieste com a força deste sol.
Depois de tanto tempo, bem e mal,
Amor deixou de ser o meu farol.
O mel que se transforma, amargo fel,
Não deixo de lembrar, com emoção.
Olhando aquelas nuvens lá do céu,
Espero te encontrar, meu coração...
Virás com o desejo de voltar,
De novo, no meu mar, morrer de amar!
MARCOS LOURES
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