Quem me cura
O amor que me condena é o que me cura
Da triste solidão e da tristeza,
Aplaca o sentimento de amargura
E forra todo o sonho com beleza.
Amor que se permite uma ternura,
É o mesmo que me dói, viva saudade,
Clareia nossa vida, quando escura,
Mas muitas vezes nega a claridade.
Transporta-me ao abismo mais profundo
Depois me mostra a face mais gentil,
Mudando de feição, transforma o mundo,
É frágil, mas destrói manso e voraz,
Amor é tão bondoso quanto vil,
Transforma o temeroso. O faz audaz...
Marcos Loures
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