Sórdida Quimera
Ouvindo no poente a voz daquela
Que tanto me trouxera claridade
E agora simplesmente ora se evade
E a tétrica ilusão já me revela,
Destino que tramando a torpe cela
Deixando no passado a liberdade
De quem ao conceber felicidade
Somente solidão de fato sela,
Corcéis dentro da noite, os sonhos vãos,
E os olhos procurando novos grãos
Que possam reviver a primavera,
Porém semeio apenas tolos versos,
Perdido sem sentindo em universos
Alimentando a sórdida quimera...
Marcos Loures
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