ACREDITAR
Quem tenta acreditar no quanto restaria
Do mundo sem encanto envolto em treva e medo,
Apenas redundasse ao menos do degredo
Desgraça quando vejo ao largo esta agonia,
Etérea sensação errática seria
E nela o que pudera embora atroz ou ledo,
Desvendo sem saber aos poucos teu segredo,
E bebo em tua boca a velha poesia,
Quando estupidamente encontro estes sinais
E nele o quanto deva e nada enquanto trais
Acordos do passado, envoltos nesta bruma,
Avesso ao quanto venha e mesmo se viesse
Tramasse a solidão esquece a nossa prece,
E em turva madrugada, o canto em vão se esfuma...
Marcos Loures
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