MEU AMIGO
Eu lembro das crianças que nós fomos,
Correndo nos quintais de uma esperança.
O vento que me toca, das lembranças,
Traz frutas, artimanhas, jogos, gomos.
Destes pomares – passado – caem pomos
Que juntos se demonstram alianças
Marcados por saudade e temperanças,
Refaço na memória o que nós somos.
A vida se passou mais desastrosa
Assim nos afastando, caro amigo.
Por vezes maltrapilha e dolorosa,
A sorte se banhando em vil perigo,
Porém resta a certeza, caprichosa,
De que sempre estarei junto contigo.
MARCOS LOURES
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