NOSSO AMOR
Nosso amor, se arrastando, vai aos trancos...
Em meio a tantos botes venenosos...
A chuva destruindo esses barrancos,
Os dias se transcorrem melindrosos.
Pés descalços; feridos, ficam mancos
Os sonhos? Pesadelos tenebrosos!
Nós nos cortamos sendo muito francos
Nossos desejos mortos, pavorosos...
Amor que não se cansa de ferir,
Fortuito se escorrega em novas camas
Não sabe nem espera p’ra sair.
Amor que se derrete em tristes chamas
Nas brasas apagadas da saudade,
Confunde insensatez com liberdade
MARCOS LOURES
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