segunda-feira, 30 de julho de 2012

SAUDADE DE QUEM FUI

SAUDADE DE QUEM FUI

Saudade de quem fui,
Num tempo tão distante,
A vida mansa flui
Mas mostra-se inconstante,

Meu paletó se pui,
Quem fora deslumbrante
Em meu castelo rui,
Morrendo num instante...

Apenas garatujas
Deixadas na parede,
As mãos deveras sujas

Rasgando antiga rede,
Espero que não fujas,
Pois matas minha sede...

MARCOS LOURES

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