A SORTE QUE DESEJO
A sorte que desejo, toda minha;
A quem transmite sonhos inocentes,
Em meio a tempestade que já vinha
Rangendo, temerosa, todos dentes,
Encosta no meu ombro, assim se aninha
Sorrindo com seus olhos tão contentes.
Delicadeza frágil de avezinha.
Término dos meus dias penitentes...
Pois ela, minha dita que ansiei
Por tempos, longos dias, muitos anos...
Fazendo dos meus sonhos soberanos,
Caminho para o amor, em nobre lei.
Agora que chegou, minha alma fala
Abrindo o peito, o quarto, a casa, a sala...
MARCOS LOURES
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