VAGAMENTE
Não quero em minha vida vagamente
Trazer o quanto resta e se acumula
Ousando perpetrar além da gula
O todo que em verdade sempre mente,
Não canto e se mostrando insanamente
Minha alma sem sentido segue chula
E vence o que pudesse ou se macula
Marcando com terror o que pressente.
Reparo que se faz a cada instante
No fim a solidão tanto garante
A queda em consonância e nada mais,
O verso se produz e neste incauto
Momento a solidão sempre ressalto
E vivo enquanto além tu já te esvais.
MARCOS LOURES
Nenhum comentário:
Postar um comentário