quarta-feira, 22 de agosto de 2012

MANHÃS

MANHÃS

Pútridas as manhãs
Às vésperas da morte
Sem vida ou amanhãs
Dispenso toda a sorte.

Vidas. Prá que; se vãs;
Vasculho cada corte.
Dores em noites cãs
Raios de duro porte.

Esqueço estas palavras
Forjo minha cantiga
Morte que traz em lavras

A companheira antiga.
Quem dirá que são parvas
As urzes da caatinga...

MARCOS LOURES

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